2 de fev. de 2010

Matrix era uma... Caverna!

Matrix não apenas inovou nos efeitos especiais e cenas de ação muito bem elaborada, o filme possui uma filosofia muito forte, que pode ser aplicadas tanto em discussões sobre religião como debates sobre comportamentos. E uma das principais filosofias aplicadas ao longa é o Mito das Cavernas, de Platão.

O mito é bastante antigo e atual, tudo ao mesmo tempo. Em síntese é isso:

“Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.

Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.

Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.”

Fonte

Você pode ler a alegoria inteira aqui.

 Neo, segundo Platão.


“Citações” a esse mito não faltam. Como logo na primeira frase do filme, escrito no computador “Acorde Neo”.

No fim das contas ele acaba tendo que escolher, entre “acordar” ou continuar na vida que ele toma como realidade. Neo escolhe a pílula vermelha e desperta para um mundo destruído, descobrindo que o que ele pensava o que era real, na verdade era comandada por um sistema de computador.

Fora da ficção, isso já é mais difícil de pensar, pois não existe nenhuma caverna ao qual você está amarrado ou programas de computadores fazendo o que bem entendem.

Existe apenas aquilo que você está acostumado a pensar, que aprendeu com seus pais, desde valores até opiniões. E o que é contrario a esses valores e opiniões. Junto dessa herança vem uma série de pensamentos morais e, geralmente, coletivos, comprovando assim sua veracidade como “verdade universal”.

Mas sempre existem dúvidas, e a partir dessas começam a surgir mais possíveis alternativas a que foi imposta a você. Tendo bases reais, fundamentadas do mesmo modo que a anterior. E assim se tornando outro modo de pensar, quase sempre indo de encontro com a anterior.

Seja em pensamento, ou em forma de agir você vai fazer sua e escolha, e vai defender com unhas e dentes sua opinião. Isso é completamente normal, porém há alguns cuidados a serem tomados, e que se ignorados acabam forjando pessoas insensatas e imutáveis, gerando assim um ignorante.

Ignorantes por falta de argumentos, ou falta de visão. Sendo que o primeiro pode ser falta do segundo, pois não há maneira de expor a fraqueza da idéia diferente da sua sem antes conhecê-la.

Por isso, sempre tente conhecer tudo, antes de criticar. Você se dando a oportunidade de conhecer outros pensamentos, vai acontecer de integrar valores dos lados defendidos e atacados, assim percebendo que nada é de todo mal. E assim terminar com um pensamento exclusivo.

Esses são os que se livram da corrente, são os que saem da Matrix, e que realmente têm idéia de como se deve ser, sem idealismo demais, ou exatidão exagerada, apenas uma opinião construída entre as mentiras das verdades universais.

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