29 de jan. de 2010

A magia (tragédia) do começo

Ele estava indo para o trabalho. Um emprego num jornal local que não o satisfaz pessoalmente, nem financeiramente, mas que o mantém durante há algum tempo. Com passos largos e calmos acompanha a multidão. Quando direciona seu olhar para frente, entre uma pessoa e outra, ele avista uma garota, exatamente na sua direção.

Ela, uma imigrante. Não estava indo ao trabalho, pois exerce uma função no mercado informal. Talvez estivesse somente a passeio aquela hora da manhã, mas o fato importante é que ela também o vê.

De repente, as luzes, que estavam vermelhas, se apagam. Depois ficam verdes, e como conseqüência os carros retornam a movimentar. As pessoas param instintivamente, e formam-se aglomerações de lados apostos.

Ela, desatenta, continuou seu caminho. Foi atropelada por um carro que seguia os comandos luminosos. O jornalista, preocupado, corre. Socorre a garota que segundos atrás havia trocado olhares. Foi o primeiro a tentar salvar a moça, que com um “Oi, estranho” estabelece uma conexão forte com o rapaz.

Nesse cruzamento, num dia qualquer, ao som de “Blower's Daughter” começa essa história especial, que pode ser contada por qualquer um.

26 de jan. de 2010

Bandas Incríveis: The Subways


 Você confiaria seus ouvidos a uma dupla de irmãos, tocando Nirvana e tendo como titulo “Ornitorrincos” (Platypus) ? Não, né? Nem eu. Mas foi assim que começou umas das melhores bandas em atividade.

Depois da desastrosa experiência com os covers do Nirvana, Billy Lunn e Josh Morgan mudaram o nome da banda. Por sugestão de Billy: “The Subways”; foi assim que ficaram conhecidos desde então. Nessa mesma época Charlotte Cooper, namorada de Billy, se juntou e completou a formação atual da banda.

 

Em 2005 lançaram seu primeiro, e até agora o melhor, álbum. É em seus dias vividos nas adolescência do trio que Young for the Eternity se baseia. Com letras imaturas e um estilo muito foda “Rock’n Roll” de garagem, o CD lançou a banda para o mundo. Tocaram 4 anos seguidos no Reading Festival, estiveram presentes em importantes programas de TV norte americano, como Conan O’Brien e David Letterman e tocaram no seriado mundialmente famoso The O.C.

Billy Lunn, vocalista e guitarrista da banda, teve que parar de cantar, pois surgiram nódulos em sua garganta. Mesmo com todo o sucesso, a existência da banda foi colocada em cheque.

Após da longa cura de Billy, ele, seu irmão e sua namorada voltaram a compor e gravar músicas. A frustração pelo adoecimento do líder, produziu muitas músicas  e combinada com as novas influências do trio como Refused, Death Cab For Cuti , Mclusky e Shellacm, saiu o mais novo álbum, All or Nothing.

Com músicas viciantes, um ritmo empolgante e apresentações ao vivo impecáveis são características da banda e viciam qualquer um que parar para ouvir uma de suas músicas.

Álbuns


Young For Eternity

   1. "I Want to Hear What You Have Got to Say" - 3:24
   2. "Holiday" - 1:52
   3. "Rock & Roll Queen" - 2:51
   4. "Mary" - 2:59
   5. "Young for Eternity" - 2:08
   6. "Lines of Light" - 2:12
   7. "Oh Yeah" - 2:58
   8. "City Pavement" - 2:44
   9. "No Goodbyes" - 3:31
  10. "With You" - 3:02
  11. "She Sun" - 3:21
  12. "Somewhere" - 11:23

Bônus Track : "At 1am". - 9:32




All Or Nothing

   1. "Girls & Boys" - 3:33
   2. "Kalifornia" - 2:54
   3. "Alright" - 2:51
   4. "Shake! Shake!" - 2:45
   5. "Move To Newlyn" - 2:44
   6. "All or Nothing" - 3:12
   7. "I Won't Let You Down" - 3:42
   8. "Turnaround" - 2:48
   9. "Obsession" - 3:08
  10. "Strawberry Blonde" - 4:38
  11. "Always Tomorrow" -2:58
  12. "Lostboy" - 3:1  13. "Streetfighter" [faixa bônus japonesa] - 3:33
  14. "Burst" [faixa bônus japonesa] - 3:49
  15. "Love and Death" [faixa bônus australiana]
  16. "This is the Club for People Who Hate People" [faixa bônus australiana]
  17. "Clock" [faixa bônus australiana]
  18. "The Only Ones" [faixa bônus australiana]

21 de jan. de 2010

Bandas Incríveis: Jet

Cinco anos atrás, assistindo um programa de clipes (que não me recordo o nome) na Band ouvi uma música que um tempo mais tarde me tornaria fã de uma das melhores e mais originais bandas da atualidade.

Jet nasceu em Melbourne na Austrália, quando os irmãos Nic (Guitarra e Vocal) e Chris Cester (Bateria e Vocal) resolveram montar uma banda junto com Cameron Muncey (Guitarra e Vocal) e Mark Wilson (Baixo e Vocal). O nome Jet saiu da também intitulada música do ex-Beatle Paul McCartney.

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A banda ganhou expressão no cenário musical em 2002, quando lançaram seu EP independente “Dirty Sweet”, inicialmente com 1000 cópias na Austrália e logo depois mais mil cópias para o Reino Unido, todas disponíveis apenas em vinil. Em 2003 a banda foi para os EUA para começar a gravação do seu primeiro álbum e foram convidados para abrir a turnê dos gigantes Rolling Stones, que fez com que a banda tivesse uma explosiva repercusão no cenário musical.
Alguns meses depois, Get Born, o primeiro e mais aclamado álbum da banda foi lançado, recebendo ótimas críticas e fazendo uma grande referência ao rock classico e deixando muito claro suas influências, como AC/DC, The Beatles e os próprios Rolling Stones. Esse álbum contou com a participação de Billy Preston nos telcados (o mesmo Billy que gravou com os Beatles, Eric Clapton e com os Rolling Stones). O primeiro single do álbum foi “Are You Gonna Be My Girl?” uma das mais – se não a mais – conhecida música da banda (e foi justamente essa que eu vi lá em 2004 na band). Get Born contou também com as conhecidas “Rollover D.J” e a baladinha “Look What You’ve Done”. Esse foi com certeza o álbum mais “cru” com as marcantes vozes rasgadas e alguns gritos do Nic e com poucos efeitos nas guitarras, a mídia costumava se referir ao Jet como um misto entre White Stripes e AC/DC. Por fim, o primeiro álbum da banda lhes rendeu seis prêmios, entre ele o de melhor single e melhor álbum do ano.

Três anos depois do lançamento do primeiro álbum, Jet vai ao estúdio novamente preparar seu novo álbum, chamado “Shine On”. Esse álbum foi marcado pela perda do pai dos irmãos Cester, o que foi motivo de inspiração para algumas faixas do álbum. “Para mim, o Shine On é profundamente pessoal e intenso no processo de escrita e gravação e explica as mudanças que estão ocorrendo ao nosso redor”, diz Nic “provavelmente não é o que a maioria de nossos fãs espera”, completa. E não foi mesmo, muitos fã reclamaram do Shine On, dizendo que ele não é tão Jet quanto o primeiro, porém, é um grandioso álbum, muito mais trabalhado e com canções mais melosas que o Get Born, por conta da perda do pai de Nic e Chris. Os singles ficaram por conta das faixas “Put Your Money Where Your Mouth Is”, “Shine On” e “Rip It Up” e “Kings Horses”.

Jet

E novamente três anos mais tarde, totalmente energizados e trazendo de volta o que ficou para trás com o Get Born, Jet lança seu mais novo álbum, intitulado “Shaka Rock”, para levar os fãs ao delírio. A primeira “ouvida” esse cd pode soar estranho, mas após algum tempo você percebe que é (deixando o favoritismo de lado) mais esplêndido trabalho da banda, não é cru como Get Born, nem tem os mesmos gritos do Nic, mas é totalmente trabalhado, a guitarra leva efeitos muito bem bolados por Cam e os solos muito mais originais. “Nós queríamos ver o quão longe poderíamos ir e o quão diferente poderíamos soar e ainda continuar com o estilo Jet”, explica Muncey.

Esse é um álbum completamente “Jet”, com 11 de 12 músicas totalmente agitadas bem no estilo que fez a banda estourar. O primeiro single do Shara Rock foi “K.I.A (Killed In Action)”, que teve um clipe bastante criativo e fazendo alusão a um filme trash, e logo depois o segundo single foi “She’s a Genius” com outro clipe igualmente criativo e tão estranho quanto.

Enfim, Jet é uma banda que definitivamente faz um som de ótima qualidade lembrando muito ao velho rock and roll que atualmente está esquecido em meio à bandinhas que se vestem como árvores de natal, cantam qualquer coisa e acham que são bons. Fica aqui minha dica: comprem os cd’s, ouçam e se deliciem, é uma banda quase obrigatória pra quem curte rock de qualidade e está procurando algo bem atual.

Álbuns:

Get Born (2003)

get-born

"Last Chance" - 1:52
"Are You Gonna Be My Girl?" - 3:33
"Rollover DJ" - 3:16
"Look What You've Done" - 3:50
"Get What You Need" - 4:07
"Move On" - 4:20
"Radio Song" - 4:32
"Get Me Outta Here" - 2:56
"Cold Hard Bitch" - 4:03
"Come Around Again" - 4:30
"Take It Or Leave It" - 2:22
"Lazy Gun" - 4:42
"Timothy" - 4:30
"Sgt. Major [Bônus Track]" - 4:05

Shine On (2006)

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"L'esprit D'escalier" - 0:23
"Holiday" - 3:25
"Put Your Money Where Your Mouth Is" - 2:37
"Bring It On Back" - 4:09
"That's All Lies" - 2:43
"Kings Horses" - 3:19
"Shine On" - 4:36
"Come On Come On" - 4:24
"Stand Up" - 4:33
"Rip It Up" - 3:19
"Skin And Bones" - 3:17
"Shiny Magazine" - 3:28
"Eleanor" - 3:34
"All You Have To Do" - 4:39

Shaka Rock (2009)

jet-shaka-rock

K.I.A (Killed in Action)” – 3:28
“Beat on Repeat” – 2:20
She's a Genius” – 2:58
“Black Hearts (On Fire)” – 3:13
“Seventeen” – 3:41
“La Di Da” – 2:53
“Goodbye Hollywood” – 4:12
“Walk” – 3:07
“Times Like This” – 3:19
“Let Me Out” – 3:11
“Start the Show” – 3:58
“She Holds a Grudge” – 4:17
“Don't Break Me Down” (Bonus Track) – 3:35
“Everything Will Be Alright” (Bonus Track) – 2:55
“One Hipster One Bullit” (Bonus Track) - ?

20 de jan. de 2010

O cenário capixaba no futebol

De fato, o Brasil é uma grande escola do Futebol. Praticamente de todos os lugares imagináveis, e até dos inimagináveis, do país saem grandes jogadores. Há também grandes times espalhados pelas grandes capitais. Entretanto, isso faz com que o futebol capixaba fique às margens da periferia do esporte nacional.

Flamengo, Vasco, Fluminense etc, são alguns dos times mais lembrados no cenário nacional, porém quase todos se encontram acumulados num mesmo estado(estados esses que geralmente são os mais desenvolvidados da nação), fazendo com que muitos outros percam espaço no cenário do país. Esse, definitivamente, é o estado do futebol capixaba hoje. Nem os próprios capixabas se interessam pelos times, que se encontram abaixo da série D do brasileirão.

O Espírito Santo é sede de várias companhias multinacionais de respeito como a Vale, a Arcelor e futuramente a Petrobrás, sem contar também que somos o atual 5º maior PIB per capital do Brasil e seremos o 3º maior assim que começarem as extrações de petróleo no Pré-sal. Visto tudo isso é de se espantar que não haja sequer um patrocínio de peso nos times capixabas por parte de tão ‘endinheiradas’ empresas no estado e que o próprio governo do Estado não invista tanto nesse esporte a ponto de mudar a situação. O resultado disso tudo é simplesmente a situação precária de todo o setor futebolístico do estado: Estádios em péssimas condições, precário atendimento e poucos lugares (não que muita gente realmente vá ver esses jogos); jogadores totalmente fora de forma nos times e o principal, um futebol sem qualidade.

Entretanto, assim como na maioria dos estados da nação, o Espírito Santo é um grande celeiro de bons jogadores que, por não verem um futuro no futebol do estado, acabam por criarem o desejo de jogar nos grandes clubes e saírem do estado.

Tudo isso retira de nós capixabas a oportunidade e, principalmente, o desejo de contemplarmos grandes espetáculos da bola aqui em nossa casa, sobrando-nos apenas a escolha pelos times que se destacam no país (que são escolhas bem feitas, considerando que possuem um bom futebol).

Pense no privilégio que seria assistir a uma partida da final de um campeonato nacional ou de até mesmo uma partida da libertadores sem termos que mudar de estado para isso e o melhor, torcendo por um time de casa.Privilégio esse que não dispomos.

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Sinceramente não sei se um dia o futebol capixaba voltará a ser uma potêncial nacional, porém a esperança é a última que morre. Talvez agora com o maior destaque do estado no cenário nacional a coisa realmente melhore para o futebol. Eu acho que a chance disso acontecer é a mesma da de um milhonário resolver vir ao estado e comprar um time, assim como na Europa.

Do brilhantismo de Hugh “House” Laurie ao desastre de Omar “Foreman” Epps

Que House MD é uma série de sucesso é inegável. Não é qualquer uma que consegue chegar até a sexta temporada com o número de espectadores tão grande.
Sucesso esse garantido, não me arrisco a dizer, pelo mais carismático personagem já criado em séries, superando Saywer de Lost, Hiro e Sylar de Heroes e os irmãos Winchester de Supernatural. O famoso curandeiro divide sua sala com mais três pessoas, a linda Cameron, Chase e o suposto fodão do trio, Foreman.



Inteligente, manco e super sarcástico Dr. House, o anti-herói da série, que em seus in-sights geniais de dar inveja a Sherlock Holmes salva vidas semanalmente, literalmente, e talvez por suas piadas, consegue a simpatia de todos, mesmo que não mereça. Hugh Laurie, interpreta fielmente o tão detestado e amado House, fazendo uma das melhores “encarnações” em personagens que já vi. Chega até ser estranho chamá-lo pelo nome, por que a imagem dele já ficou gravada como Gregory House.

Apesar de ser um profissional de sucesso e competente, House conta com três assistentes, Cameron , Chase e Foreman. Ela dispensa comentários, o loirinho com sotaque britânico, deixa a desejar na primeira temporada, mas se recupera na segunda em diante. E o Foreman, esse mesmo...

O médico negão começa com uma boa atuação, talvez porque o enfoque da primeira temporada seja um casal em particular. Mas quando chega ao final da segunda temporada, quando se espera uma atuação digna, você enxerga que o mais célebre dos assistentes merecia um ator melhor, simplesmente porque o atual não convence ninguém. Não sei o que é pior, Foreman tentando não ser antiético igual ao chefe, tentando ser “from hell” e destruindo com a vida de todos ou a versão “Foreman, o iluminado”.

Mesmo sendo contraditório, o personagem, se interpretado direito, tinha a capacidade de se tornar uma das principais atrações do programa, entretanto, esse potencial foi jogado fora por um profissional super limitado.

Mesmo com um personagem muito bem elaborado não muito bem utilizado, House MD continua com uma seleção de personalidades incrível, que continua me impressionando a cada episódio que assisto.

Por enquanto estou no inicio da 4ª temporada, tenho quase certeza que esse quadro vai mudar, e espero que para melhor.

19 de jan. de 2010

Dão medo.

Recentemente descobri que tenho um puta medo do passado. É eu já não curtia muito o futuro, mas agora é o passado que anda me assustando.

O futuro, ao menos pra mim é algo menos preocupante, porque minha encrenca toda é a de fazer planos e não conseguir concretizá-los, principalmente quando isso envolve outra pessoa em um relacionamento, ou não. É fácil contornar isso, fazer alguns planos que só dependem de mim e da minha força de vontade ou fazer planos com outras pessoas pra um futuro bem próximo, algo como um cinema no próximo fim de semana, qualquer coisa, além disso, está fora de cogitação e tem grandes chances de falharem.

Já o passado é quase impossível de se contornar, só se você for algum tipo de estátua, fora isso, nem rola. E é isso que mete medo. Uma decisão feita há muito tempo influenciar em algo que naquela época não tinha nada a ver, alguém que reaparece e subitamente e te faz ter sensações até o momento, esquecidas. Isso é assustador, algo que você fez num indeterminado tempo atrás pode voltar a qualquer hora, e simplesmente virar o que tu conhece por certo, ou normal, de cabeça para baixo.

O tempo é realmente algo poderoso, pode não ser o melhor remédio pra esquecer-se das coisas, mas com certeza pode te causar grandes e inesperadas emoções, quando você menos espera ou está menos protegido contra elas.

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- Sim, é um texto emotivo e bem pessoal, confesso. Mas como estou numa seca criativa, resolvi postar, pois acho que algumas pessoas devem pensar o mesmo sobre isso.
- Estou com dois outros posts parcialmente prontos, preciso dar uma revisada aqui, lá e acolá e por mais algumas informações.

A primeira vez é inesquecível

Sempre gostei um pouquinho de futebol. Ok, talvez eu seja um tanto quanto viciado, aficionado, dependente, chame como quiser, por futebol. E como um amante do esporte, e apaixonado pelo meu tricolor paulista, sempre sonhei em ir ao Morumbi, desde moleque (Sonho este que estava junto com pular de paraquedas e pilotar um avião). Bem, dia 17, eu finalmente fui, e é sobre isso o post.

Não vou falar sobre o trajeto até lá, ao lado da minha tia, sem nunca termos ido à região. Mas não, nós não erramos, e fizemos em uma hora, sendo que o google falava que durariam duas horas e meia.

Na chegada ao estádio, fiquei parado tentando "olhar tudo de uma vez". Não deu. É imenso. Fui interrompido de meu pequeno momento de deslumbramento por uma buzina, e então me dei conta de que tinha parado no meio da rua. Segui pra fila, já que fui burro o suficiente pra deixar pra comprar o ingresso na hora (na verdade, eu resolvi que ia pro jogo na ultima hora, mas isso não vem ao caso), e lá passei uma hora e alguns minutos da minha vida. O único fato relevante desse período é que troquei idéia com dois caras super gente boa, que por sinal deram carona pra gente até a estação, após o jogo.

De ingresso na mão (e atrasado, pra variar um pouco), nos dirigimos à rampa de acesso da arquibancada laranja. Sabe aquelas "chamadas" de campeonato de futebol, com uma pessoa subindo a rampa e dando de cara com o campo? Pois é, foi idêntico. E a sensação não dá pra descrever. É melhor do que ganhar a primeira bicicleta, um sentimento de felicidade e realização ímpar. Não me senti assim nem quando vi meu nome na lista de aprovados da Universidade. Um momento que, mesmo sendo totalmente desprovido de memória, dificilmente esquecerei um dia. Parecia um sonho, a diferença é que o barulho não me acordava. Pelo contrário, era real.

Cheguei na hora que os times se cumprimentavam, após o hino nacional, e se dirigiam à seus respectivos campos pra dar início à partida. A partir daí, o que se desenrolou foi um turbilhão de reações e sentimentos, típicos de um jogo de futebol.

O início do jogo foi de bastante expectativa, pois o São Paulo dominava e o gol parecia iminente. Jean, Dagoberto, e Richarlyson tiveram boas chances. Por sinal, o grito uníssono de "Uuuuhhh" dá pra ser ouvido de bem longe, pude constatar.

Aos 26 da primeira etapa, o juiz marca toque de mão de Glauber dentro da área. Penalti para o tricolor. Alegria geral na arquibancada, que durou só até o momento que o Rogério Ceni perdeu o pênalti e o Hernanes mandou o rebote quase nas cadeiras numeradas.

A partir daí, o clima ficou mais tenso, com o São Paulo desperdiçando chances e a torcida ficando impaciente. A Portuguesa ainda teve um gol invalidado corretamente. E vou te dizer, é um dos momentos com maior oscilação de sentimentos possível, saindo de raiva por ter tomado o gol, confusão por não saber o que está ocorrendo (sem narrador é mais complicado), e chegando à alegria, ao constatar que não valeu.

Aos 38 do primeiro tempo, ele veio. Marcelinho Paraíba recebeu na frente da área, passou a perna esquerda sobre a bola, e mandou uma bomba no canto esquerdo de Fábio. Naquele momento, a arquibancada literalmente tremeu. Naquele momento, me senti a pessoa mais feliz da Terra. Naquele momento, o São Paulo abria o placar no Morumbi.

Sem mais fatos relevantes, acabou o primeiro tempo. Aí se faz o que é de praxe. Sentar e esperar o início da segunda etapa, aproveitando pra comentar o jogo, conversar, e por aí vai.

O São Paulo do segundo tempo foi um time totalmente diferente da primeira etapa. Apático, sem jogadas, tomando pressão sem reagir. O clima voltou a ficar tenso. E aos 9, a primeira pancada. Gol da Portuguesa. Nesses momentos, acontece uma coisa que os programas não noticiam, que a mídia não faz questão de falar. A torcida canta ainda mais alto. Uma coisa linda de se ver.

Mas aí a coisa complicou de vez. Aos 13, Richarlyson comete pênalti. A torcida então se dividiu em duas: A que xingava o jogador, e a que xingava o juiz. Tenho dó da mãe do árbitro, nesses momentos é acusada até mesmo de ter barba. Marco Antonio converte, e a torcida volta a cantar alto.

Mais alto que a torcida cantando, foi o grito de "Burro" que ecoou, na arquibancada azul, quando Dagoberto cometeu falta desleal e tomou vermelho direto. Se com 11 tava complicado, com 10 então...

Já com raiva, vi o restinho da ducha de água fria ser despejada aos 46, quando a Portuguesa selou o placar com o terceiro gol. Aí, não tem torcida que cante mais alto. Ali, acabaram quaisquer esperanças de um resultado positivo. A partir daí foi esperar o arbitro apitar o final de jogo.

Havia previamente constatado que lá dentro é bem mais gostoso de comemorar o gol. Mas, com o final do jogo, percebi que o gostinho de derrota é bem mais amargo. Mas, pra minha surpresa, o que eu mais queria, naquele momento, era ter outro jogo pra assistir, era voltar lá dentro e torcer novamente.

Se você gosta de futebol, tem um time do coração, e tem a oportunidade, levante a bunda da poltrona, e vá ao estádio. Vale a pena, com certeza. Pois torcedor é isso, se desloca até o estádio, vê o time jogar, e vencendo ou não, na outra oportunidade tá lá novamente, berrando e apoiando como se fosse a primeira vez.


Obs - É apenas meu segundo post no blog porque estou viajando. Quando voltar, prometo postar com mais frequência.

14 de jan. de 2010

A fórmula do sucesso! ( Eu tenho, haha)

“Quer obter sucesso? Invente algo revolucionário.” É o que dizem na tv. Eu diria, “ seja criativo igual a todo mundo”, que também pode ser lido “ quer fazer história? Instale um governo militar de extrema direita, e tente dominar o mundo, pregando o ódio contra uma determinada etnia e/ou identidade cultural”.

Existe sim uma fórmula do sucesso, e a resposta está nele próprio. Um filme, por exemplo, nas maiores bilheterias você sabe o que vai acontecer no inicio, meio e fim, só não sabe como.

Clichês, por mais ridículos, funcionam, e muito bem. É como uma fórmula prontinha mesmo, o que você tem que fazer é apenas dar um toque pessoal.

O que as pessoas não entendem, é que se você não é um gênio, ninguém espera coisas geniais de você. Mas você pensa e tem a capacidade de transformar algo que foi inventado há muito tempo e transformá-lo em único, com aspectos pessoais, ou inovadores, porém, sem fugir do “lugar comum”. Um “mais do mesmo” do seu jeito.

Não pense que é só sair cometendo plágio descaradamente que você vai conseguir sucesso não. Isso é só a ponta do iceberg (É agora que a auto-ajuda faz o papel dela).

A força de vontade é algo imprescindível, pois a estrada é longa e cheia de buracos. Esses buracos, se não entenderam a metáfora, são as escolhas difíceis. A dificuldade está nas perdas que estas lhe causarão, e com um poder enorme, impulsionarão para baixo os que não tiverem vontade suficiente, selecionando, assim, os melhores. Porem, se você não acredita em poderes ocultos da força de vontade, pode optar por um bom marketing, ajuda que é uma beleza.

Para os que não entenderam o que o texto diz, ainda resta uma solução, mas é muito seletiva, temo que alguns não passem.
Você precisa ter uma bunda grande e bonita, que faça o sexo oposto ficar louco, e o individuo do mesmo sexo morrer de inveja.
A partir daí, é só mandar um vídeo para a Globo falando: “Oi, meu nome é xXx, eu tenho a bunda grande posso passar três meses numa casa cheia de acéfalos igual a mim?”
Se for verdade, você vai sim entrar na casa. E quando estiver lá, aproveite e faça tudo que der, pois o mundo é cruel e você só terá três meses do gostinho de sucesso.

PS’s ou OBS’s ou explicações:

1 – Eu sei que o texto esta horrível.

2 - Tem motivo.

3 – Eram seis horas da manhã quando eu escrevi.

11 de jan. de 2010

Patrocinio

Estragando a camisa do seu time desde 1850.

Olha isso:





Não precisa entender de cores para ver isso ficou ridículo.

Tá, depois posto alguma coisa decente. É que não resisto à vergonha alheia.

8 de jan. de 2010

Mentirinhas

Mentiras são terríveis e não são legais, entretanto, todos já contaram uma, mesmo que em pequenos eufemismos, ou tentativas de engrandecer coisas não-tão-grandes, se é que me entendem.

5 de jan. de 2010

(500) Dias com ela - Trilha Sonora

“(500) Dias com ela” foi um filme que surpreendeu, com certeza. Considerado por mim e por muitos como o melhor filme do gênero em 2009, não ficou devendo em nenhum quesito a grandes clássicos de comédias-românticas. O estreante Marc Webb soube montar uma história não-linear de um modo diferente dos demais, assim tornando o filme singular.
Outra surpresa é a trilha sonora, com músicas que atendem às necessidades dentro do filme, combinam com os personagens e suas variações de humor durante a trama. "(500) Dias com ela " teve o álbum de sua trilha sonora lançando dia 14 de julho (2009) e chegou à 71ª posição no Billboard 200.

Sobre as Músicas:
Logo na primeira faixa, você se assusta e se diverte ouvindo o narrador repetindo o que ele falou durante a introdução do filme, se tornando assim também a introdução do disco. Contando com músicas desde o Rock Alternativo do “The Smiths” até o Hard Rock de “Wolfmother”, e no meio disso tudo uma voz calma e um violão da francesa Carla Bruni, o CD não se torna cansativo e consegue agradar a todos.
Regina Spektor e “The Smiths” possuem cada um duas músicas no álbum, esse último com uma de suas músicas (“Please, Please, Please, Let Me Get What I Want”) sendo cantada numa das cenas do filme.
Muitas músicas no estilo Pop Rock e Alternativo, como “Bad Kids” do Black Lips e “You Make My Dreams” da dupla Hall & Oates.
Uma música que merece destaque é “She’s Got You High”, da banda inglesa Mumm-Ra, baladinha típica de filmes desse gênero e que se encaixou perfeitamente nessa trilha sonora.



O álbum termina com dois covers, um de “Please, Please, Please, Let Me Get What I Want” feita por She & Him e “Here Comes Your Man” do “Pixies” feita por “Meaghan Smith”, que ficou num ritmo legal e bem diferente da original.

1. "A Story of Boy Meets Girl" - Mychael Danna and Rob Simonsen
2. "Us" - Regina Spektor
3. "There Is A Light That Never Goes Out" - The Smiths
4. "Bad Kids" - Black Lips
5. "Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - The Smiths
6. "There Goes The Fear" - Doves
7. "You Make My Dreams" - Hall & Oates
8. "Sweet Disposition" - The Temper Trap
9. "Quelqu’un M’a Dit" - Carla Bruni
10. "Mushaboom" - Feist
11. "Hero" - Regina Spektor
12. "Bookends" - Simon & Garfunkel
13. "Vagabond" - Wolfmother
14. "She’s Got You High" - Mumm-Ra
15. "Here Comes Your Man" - Meaghan Smith
16. "Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - She & Him

Nome: (500) Days of Summer – Soundtrack
Ano: 2009
Artista: Vários
Gênero: Trilha Sonora
Faixas: 16
Duração: 52

4 de jan. de 2010

A torcida e seus julgamentos

Com a recém contratação do Roberto Carlos pelo Corinthians, ando vendo torcedores Palmeirenses irritados porque, afinal, o cara fez história no clube. E o SEP foi que o projetou para a carreira brilhante que teve. Chamam o jogador de mentiroso quando em outra situação declarou amor a camisa Alviverde e agora está do outro lado do campo, jogando para o rival.

Existem alguns ainda mais radicais, já declaram que o jogador não merece ser lembrado pelos seus feitos quando jogava pelo time, crucificam o jogador, assim como fazem com o Vagner Love, que ajudou o time sair da segunda divisão, e atualmente está tentando sair do clube ( não é por menos ), que por isso recebeu o título de traíra.

No entanto, esquecem de uma coisa, o Roberto Carlos é um profissional e queria vir para o Brasil, e viu no Corinthians uma chance melhor de fechar sua carreira de uma forma que talvez não conseguisse no Palmeiras. Chances essas que foram desperdiçadas pelo clube durante o ano de 2009. E a torcida, como é que fica? Ela que apóia grita, faz de tudo pelo time, inclusive julgar e punir jogadores sem pensar, analisando somente por uma perspectiva só, a da própria torcida. A torcida fica do jeito que está, sem esperanças para mim, e condenando que lhe deu felicidades outrora.

3 de jan. de 2010

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