30 de mar. de 2010

Não Conquistar para Dividir

Aviso: Esse texto não foi escrito por nenhum membro desse blog. Somente foram feitas algumas adaptações a pedido do Escritor. Ele pediu para não ser identificado.

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Como todo bom texto, vou começar por “Olá”.

Hoje vou contar um pouco sobre o que aconteceu comigo e uma análise que fiz da sociedade através dessa experiência. Alguns de vocês devem achar estranho o assunto que vou abordar nesse tópico, muitos acharão bobagem, e outros vão olhar para um espelho.

Sábado, eu e mais alguns amigos resolvemos nos reunir com o principio básico: Beber. Sabe, aquela velha historia de “Se não tem motivos para beber, invente um”. Bom, foi quase exatamente isso. Uma coisa curiosa aconteceu neste dia.

No meio da festa particular, um dos nossos amigos nos prestigia com a presença de três belas moças. Deu uma animada legal.

Então como não podia beber, pois eu sou o responsável pelo preparo de bebidas, fiquei conversando com as meninas, como é de costume.

Não citei nomes, mas será preciso daqui em diante. Para as garotas, usarei nomes inspirados nos diminutivos de sites que eu visito constantemente: Maria, Ana e Paula. Pros cabras: João e José.

Agora sim, vamos à história de verdade. Nesta festinha havia uma ligação amorosa entre os protagonistas desta novela. José e Paula já tiveram um caso. E João é ex-namorado de Maria. Ana é prima de Maria. João terminou com Maria para tentar algo com Ana, justo nesta festa.

Porem Maria acabou percebendo essa situação. Magoada, desceu as escadas da casa aos prantos. E como sempre, ex-namoradas + primas + álcool não combinou.

E é nessa hora que o “Super-Babaca”, eu, entra nos fatos. Fui logo atrás de Maria seguido de Paula. Entramos em um dos quartos.

Maria, na falta de sua sagacidade, não entende bem o porquê de nós estarmos lá com ela, pois nós a conhecemos no dia da festa. Explicamos que era bom estar com ela, caso precisa-se. E neste conforto é lógico, como não poderia faltar, rolou uma besteira.

Veja bem, duas Mulheres + um Homem + um Quarto = Putaria (não Word, eu não quero escrever “portaria”).

Agora minha (des) aventura dá uma reviravolta. Maria, aquela mesmo que estava chorando há pouco, junto com Paula decidem brincar de ficar dando selinho, uma na outra. Era só uma brincadeira. Até me chamarem.

Sim amigos isto mesmo, meus sonhos estavam sendo realizados.

Falaram que sou um cara legal e sabe entender as mulheres. Fato que desconheço. Convidaram-me, e eu fui. Nada de mais, pois penso que um selinho triplo não tem graça alguma. A diversão toda é o que vem depois.

Mas no meio de tudo rolou uma promessa: “Quando eu terminar com meu namorado. Vou ficar com você, porque você que é um homem decente”. E eu inocentemente acreditei.

Vocês devem estar se perguntando “Mas porque Super-Babaca? Você deveria ser imortalizado em canções.”. Calma, como manda o script, eu, como personagem principal, não estou em casa a salvo. Sendo assim, que continue essa saga.

Após todo o choro-ro-rô e a brincadeirinha inocente, nós subimos para ficar próximo de todos. E lá sem entender nada João, e José começam a falar mal de Maria e Paula. Foram elogios delicados, do tipo: vadia e vagabunda. Teve também segredos espalhados, por exemplo, “Eu já comi essa menina 300 vezes”.

Emotivas, como todas garotas, as meninas ficam com raiva e resolvem descer novamente. E me arrastaram junto. Era o mesmo quartinho de meia hora atrás, e ao chegar lá, como num passe de mágica as duas meninas resolvem se beijar, mas desta vez um beijo de verdade mesmo. Nada de selinho.

É sempre bom lembrar que as duas estavam com um ódio mortal dos meninos alcoolizados, escadas a cima.

Eu acabo entrando na brincadeira. De novo.

Dessa vez, realizando uma parte do desejo universal, presente em garotos de 17 anos: beijar duas garotas ao mesmo tempo.

Foi divertido. Mas na iminência de algo mais carnal, vamos dizer assim, os homens canalhas resolvem aparecer para ver o que estava rolando. Entraram no quarto e destruíram com toda mágica.

Depararam-se com a cena, e declararam-se arrependidos do que fizeram. E como se não tivesse acontecido nada resolvem simplesmente entrar na brincadeira, fazendo de mim um mero coadjuvante. Cadê a consideração?

Nesta hora fui totalmente excluído. Fiquei puto.

Foi ai que a ficha caiu e eu me auto-intitulei de “Super-babaca”. Saí do quarto em que entrei somente para fazer papel de trouxa e ser usado por duas vagabundas. E os dois alcoólatras sem coração, que humilharam elas na frente de todos continuaram lá, no bem-bom.

O que aconteceu nesse quarto? Não faço idéia, mas imagino. E também não importa.

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Fui para casa muito nervoso com a situação, e com meus dois amigos. Desprezaram as meninas e me deram carta branca para fazer o que quisesse em relação a elas. E no fim, acabaram com a minha brincadeira, e todo pensamento idealista que ainda havia em mim.

Depois dessa experiência ruim, percebi que se você é forte e gostoso, as meninas preferem você. Não existe aquela história pra boi dormir de “Eu não vejo por fora, olho sempre por dentro, o caráter do cara”. Se um dia isso acontecer, vai ser por dentro da carteira, não o seu caráter.

E pessoas que você considera como amigas, podem te esfaquear, quando você menos espera. Só porque você é gente boa pensam que você não tem sentimentos e por isso acham podem te desprezar.

Isso de amizade e de “aparência não importa” é balela. Só existe em “Malhação” e em filmes. Eu aprendi da pior maneira possível. E se você ainda acredita nessas histórias da carochinha, espero que você se foda tanto ou pior que eu, pra aprender definitivamente o que se passa na realidade.

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- Vale a pena relembrar que eu não sou o autor do texto.

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