27 de mar. de 2011

Cem vezes Rogério Ceni!

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Desde que me entendo por gente Rogério Ceni é goleiro do São Paulo. Literalmente. Em 1990, ano de meu nascimento, ele assinou seu primeiro contrato com o tricolor paulista. Desde que acompanho futebol, é ele quem defende a meta são paulina e, além disso, cobra faltas pelo maior do mundo.

Como é natural, está presente em todas as minhas memórias sobre futebol, boas e ruins. Começando por títulos paulistas de 98 e 2000, a derrota na Copa do Brasil nesse mesmo ano – a primeira oportunidade que tive de ver meu time disputando algo de âmbito nacional, e a única vez que chorei por futebol –, até títulos de Brasileiros, Libertadores e Mundial.

É um ídolo, um ícone, e um torcedor. Carrega o apoio de outros 15 milhões de torcedores que vibram com defesas antológicas como a falta de Gerrard, que se preocupam com lesões, que tem vontade de chorar junto com ele frente a eliminação de 2010. Compartilham suas alegrias e frustrações como mais um dessa nação.

Eu, como mais um torcedor, acompanho sua vitoriosa trajetória - obviamente com seus altos e baixos –, vendo-o levantar taças, bater recordes, virar o maior goleiro artilheiro da história. 1, 63, 99 gols. Ainda sim, nesse domingo 27 de março de 2011, meus olhos demoraram a acreditar no que viram.

Por semanas e semanas, pensei na possibilidade do centésimo sair contra o Corinthians e quebrar o tabu, mas, do alto de meu pessimismo, não acreditava, apenas torcia. Até o momento que Fernandinho sofreu a falta na entrada da área. Não a distância que ele usualmente costuma marcar, mas ainda sim uma boa posição. Fiquei quieto, perplexo, apenas repetindo baixinho algo que já disse muito nessa vida minha: “Vamo capitão, vamo Rogério!”. Tinha medo de atrapalhar a chegada do gol 100, vai entender. E foi incrédulo que eu o vi chegar. Demorei pra assimilar. Uma cobrança de falta perfeita, como sempre foi a marca de sua carreira. Algo que goleiro nenhum no mundo jamais fez. E eu, mais uma vez, vibrei junto com ele. 

 

Momento épico em Barueri

 

Muitos podem achar esquisito uma torcida inteira comemorar o gol de um jogador como um título. Mas não se trata de comemorar o gol de um cara qualquer. Se trata de comemorar uma vitória pessoal de um torcedor igual a todos nós, um igual. A nação são paulina vibrou. O RC foi “apenas” mais um dessa massa que vibrou ao ver o ponto máximo da trajetória de alguém que a mais de 20 anos defende e se identifica com essas 3 cores. Que tem como objetivo de vida fazer o melhor que pode por um amor em comum.

Quem não sentiu o mesmo que ele por duas décadas, não seria hoje que sentiria. A esses, só resta lamentar, por não saberem o quão incrível é.

Gol número 100 do M1TO, eu vi! Obrigado por tudo Capitão! Vida longa ao rei!

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- Ressurgindo do Limbo

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