Recentemente, na mídia esportiva brasileira, devido à ausência de jogos e campeonatos à serem debatidos, um caso vem ganhando os holofotes e tomando proporções desnecessárias. Trata-se do caso Oscar - São Paulo Futebol Clube.
Para quem não tem ciência do que se trata, resumirei. Devido à uma mudança contratual, o clube em questão deixou de pagar um montante acumulado igual à 6 mil reais ao jogador, e devido à isso, o jogador entrou na justiça, conseguindo rescisão contratual devido ao fato de se sentir lesado pelo clube. Até o presente momento, o clube iria recorrer à decisão, para que o atleta fosse obrigado à cumprir o contrato por completo.
Para quem não tem ciência do que se trata, resumirei. Devido à uma mudança contratual, o clube em questão deixou de pagar um montante acumulado igual à 6 mil reais ao jogador, e devido à isso, o jogador entrou na justiça, conseguindo rescisão contratual devido ao fato de se sentir lesado pelo clube. Até o presente momento, o clube iria recorrer à decisão, para que o atleta fosse obrigado à cumprir o contrato por completo.
O interessante nessa história toda, são os valores e atitude tomadas pelo jogador. Formado na base tricolor, ele optou por simplesmente entrar na justiça, atrás de um dinheiro que para qualquer clube médio/grande de futebol, é troco de cachaça. Um clube que paga 400 mil para um jogador, jamais deixaria de pagar 6 mil. Ao invés de manter o caso interno, decidiu pedir recisão contratual.
Além do mais, ele vinha reclamando que não era usado de maneira adequada pelo clube, quando o mesmo deixava claro que na próxima temporada iria fazer uso bem mais intenso da base.
Aí que entramos na parte "achismo" da história toda. Tudo leva a crer que, esse jovem jogador, considerado uma promessa e com um futuro muito promissor, foi ludibriado pelo empresário, que o convenceu de conseguir a recisão contratual no intuito de ir para a Europa, ganhar bastante dinheiro. Tanto é que, já surgiram boatos sobre a possibilidade do empresário Kia Jorabicham comprar o passe do garoto e colocá-lo no Manchester City.
Essa perspectiva nos trás um fato perturbador, para o espaço futebolístico brasileiro: Tirando raros casos, como Rogério Ceni e Marcos, não existe mais amor à camisa, não existe mais aquela paixão que se tinha nas épocas de Pelé, Zico, Leonidas da Silva. Os jovens entram no futebol no puro intuito de ganhar dinheiro e ir para a Europa. O futebol passou de um esporte para um negócio lucrativo. E, se tratando de negócios e comércios, o foco se localiza nos locais de maior concentração monetária.
O caso do garoto Oscar apenas deixa claro isso. O que vem em primeiro lugar é o dinheiro, e não o amor pelo esporte, a vontade de fazer o que gosta.
Além de um reflexo do quadro futebolístico atual, é um reflexo da nossa sociedade. O que importa é ficar rico, mesmo que em detrimento de sua própria felicidade.
A pergunta que fica no ar é: Vale a pena? Será que vale a pena sujar o próprio nome, honra, compremeter a própria felicidade, em prol de dinheiro?