19 de jan. de 2010

A primeira vez é inesquecível

Sempre gostei um pouquinho de futebol. Ok, talvez eu seja um tanto quanto viciado, aficionado, dependente, chame como quiser, por futebol. E como um amante do esporte, e apaixonado pelo meu tricolor paulista, sempre sonhei em ir ao Morumbi, desde moleque (Sonho este que estava junto com pular de paraquedas e pilotar um avião). Bem, dia 17, eu finalmente fui, e é sobre isso o post.

Não vou falar sobre o trajeto até lá, ao lado da minha tia, sem nunca termos ido à região. Mas não, nós não erramos, e fizemos em uma hora, sendo que o google falava que durariam duas horas e meia.

Na chegada ao estádio, fiquei parado tentando "olhar tudo de uma vez". Não deu. É imenso. Fui interrompido de meu pequeno momento de deslumbramento por uma buzina, e então me dei conta de que tinha parado no meio da rua. Segui pra fila, já que fui burro o suficiente pra deixar pra comprar o ingresso na hora (na verdade, eu resolvi que ia pro jogo na ultima hora, mas isso não vem ao caso), e lá passei uma hora e alguns minutos da minha vida. O único fato relevante desse período é que troquei idéia com dois caras super gente boa, que por sinal deram carona pra gente até a estação, após o jogo.

De ingresso na mão (e atrasado, pra variar um pouco), nos dirigimos à rampa de acesso da arquibancada laranja. Sabe aquelas "chamadas" de campeonato de futebol, com uma pessoa subindo a rampa e dando de cara com o campo? Pois é, foi idêntico. E a sensação não dá pra descrever. É melhor do que ganhar a primeira bicicleta, um sentimento de felicidade e realização ímpar. Não me senti assim nem quando vi meu nome na lista de aprovados da Universidade. Um momento que, mesmo sendo totalmente desprovido de memória, dificilmente esquecerei um dia. Parecia um sonho, a diferença é que o barulho não me acordava. Pelo contrário, era real.

Cheguei na hora que os times se cumprimentavam, após o hino nacional, e se dirigiam à seus respectivos campos pra dar início à partida. A partir daí, o que se desenrolou foi um turbilhão de reações e sentimentos, típicos de um jogo de futebol.

O início do jogo foi de bastante expectativa, pois o São Paulo dominava e o gol parecia iminente. Jean, Dagoberto, e Richarlyson tiveram boas chances. Por sinal, o grito uníssono de "Uuuuhhh" dá pra ser ouvido de bem longe, pude constatar.

Aos 26 da primeira etapa, o juiz marca toque de mão de Glauber dentro da área. Penalti para o tricolor. Alegria geral na arquibancada, que durou só até o momento que o Rogério Ceni perdeu o pênalti e o Hernanes mandou o rebote quase nas cadeiras numeradas.

A partir daí, o clima ficou mais tenso, com o São Paulo desperdiçando chances e a torcida ficando impaciente. A Portuguesa ainda teve um gol invalidado corretamente. E vou te dizer, é um dos momentos com maior oscilação de sentimentos possível, saindo de raiva por ter tomado o gol, confusão por não saber o que está ocorrendo (sem narrador é mais complicado), e chegando à alegria, ao constatar que não valeu.

Aos 38 do primeiro tempo, ele veio. Marcelinho Paraíba recebeu na frente da área, passou a perna esquerda sobre a bola, e mandou uma bomba no canto esquerdo de Fábio. Naquele momento, a arquibancada literalmente tremeu. Naquele momento, me senti a pessoa mais feliz da Terra. Naquele momento, o São Paulo abria o placar no Morumbi.

Sem mais fatos relevantes, acabou o primeiro tempo. Aí se faz o que é de praxe. Sentar e esperar o início da segunda etapa, aproveitando pra comentar o jogo, conversar, e por aí vai.

O São Paulo do segundo tempo foi um time totalmente diferente da primeira etapa. Apático, sem jogadas, tomando pressão sem reagir. O clima voltou a ficar tenso. E aos 9, a primeira pancada. Gol da Portuguesa. Nesses momentos, acontece uma coisa que os programas não noticiam, que a mídia não faz questão de falar. A torcida canta ainda mais alto. Uma coisa linda de se ver.

Mas aí a coisa complicou de vez. Aos 13, Richarlyson comete pênalti. A torcida então se dividiu em duas: A que xingava o jogador, e a que xingava o juiz. Tenho dó da mãe do árbitro, nesses momentos é acusada até mesmo de ter barba. Marco Antonio converte, e a torcida volta a cantar alto.

Mais alto que a torcida cantando, foi o grito de "Burro" que ecoou, na arquibancada azul, quando Dagoberto cometeu falta desleal e tomou vermelho direto. Se com 11 tava complicado, com 10 então...

Já com raiva, vi o restinho da ducha de água fria ser despejada aos 46, quando a Portuguesa selou o placar com o terceiro gol. Aí, não tem torcida que cante mais alto. Ali, acabaram quaisquer esperanças de um resultado positivo. A partir daí foi esperar o arbitro apitar o final de jogo.

Havia previamente constatado que lá dentro é bem mais gostoso de comemorar o gol. Mas, com o final do jogo, percebi que o gostinho de derrota é bem mais amargo. Mas, pra minha surpresa, o que eu mais queria, naquele momento, era ter outro jogo pra assistir, era voltar lá dentro e torcer novamente.

Se você gosta de futebol, tem um time do coração, e tem a oportunidade, levante a bunda da poltrona, e vá ao estádio. Vale a pena, com certeza. Pois torcedor é isso, se desloca até o estádio, vê o time jogar, e vencendo ou não, na outra oportunidade tá lá novamente, berrando e apoiando como se fosse a primeira vez.


Obs - É apenas meu segundo post no blog porque estou viajando. Quando voltar, prometo postar com mais frequência.

Um comentário:

  1. ain, euri muito e achei uma fofura porque ta muito emo ok
    IOSUCIOUSAUCIOUSAOUCI
    você devia ter contado da sua tia palmeirense u_u
    MURI, mim leva ? :(((
    diz que sim, diz que sim ç.ç
    eu nem sei nada, mas você fez tanta propaganda que deu vontade kkk
    ta, chega \z

    ResponderExcluir