27 de fev. de 2010

E sigo por aí viajante.

Aventuras são partes essenciais da vida. Ficam marcadas em nossas memórias. Louváveis ou não, sempre estão lá. Uma vez que você morreu de adrenalina, provocada pelo excesso de velocidade. Aquela morte de amor. Ou quando você atravessa 10 metros em baixo d’água. Tudo faz parte.

Tenho varias experiências desse tipo. Porém, sempre esperei algo parecido com os filmes. Sabe, aquela coisa de aparecer 13 anões e um Mago na sua porta e te chamar para buscar tesouros e matar Dragões? Nunca aconteceu. Nem mesmo resgatar princesas reféns em castelos.

Quando criança, vivi eternamente no fantástico mundo de Bobby. Buscava tais aventuras em imaginações. Criava monstros terríveis em lugares distantes. Viajava meio mundo. Matava o bicho com as artes marciais de Jack Chan e salvava o mundo, outra vez. As 20.000 léguas submarinas percorridas pelo capitão Nemo foi fichinha, percorridos em menos de um dia, pois estava atrasado para uma reunião com a Liga da Justiça. Voava com o Super-Homem. E quando não tinha sol: soltava teias pelas cidades. Já dei uma passadinha no olimpo, bati um papinho com Zeus. Falando nisso, quero mandar um salve pro Brother, e que seu raio nunca mais seja roubado. Fui nadando até o reino perdido de Atlantis. Três vezes.
Kame-Hame-Hás? Incontáveis. Acampamentos na Lua? Mais do que a NASA. E depois de um dia atarefado, sempre dormia no “solo” quentinho do Sol. Enfim, pintei meu nariz e fui feliz.

Lembranças insanas do que não aconteceu, e que nunca mais voltará.

Eu cresci. Sinto falta da inocência. Mas não a desejo de volta. Quero viver. Aqui e de preferencia, agora. Estou entrando numa fase da minha vida que tenho certeza que será totalmente diferente.

Percebo isso. E lembrando das vidas que salvei quando era o menino prodígio, vejo o quanto evolui. Espero que daqui à alguns anos eu leia esse texto e veja o quanto inexperiente e imaturo eu era. Mas por enquanto, sem planos. Vou curtir com meus amigos, aproveitar todos os verões, ouvir todas as músicas possíveis, rodar o mundo enquanto ele gira e me permite estar aqui. Fazer da vida a eterna aventura, tão desejada, e no fim dela, quem sabe eu escreva um novo livro vermelho do marco ocidental. Com direito a dragões, claro.

 

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- Tão pessoal e coletivo ao mesmo tempo, quase impossível. Espero. Pois acho que não sou um ET.

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